A postagem de hoje, foi originada num diálogo com amigos no encontro xenite (ENCONTRO XENITE MANO, MUITO FODA AHHH VO MORRER FODA D+++). Ela fala sobre sentir pena...
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................Daqueles que você, normalmente, sentiria raiva.
Isso é, acima de tudo, porém não mais importante (AMO paradoxos), um exercício Zen. Sentindo pena você se stressa menos e se desgasta menos. Tá, você pode ficar meio triste, mas não vai se COMPARAR com o que o desgaste que você teria se sentisse raiva, não pena.
O papo surgiu quando abordou-se a questão de preconceito. Não me recordo bem como surgiu, no entanto, lembro-me de nossa amiga Laly, que é gorda*, mencionar o preconceito contra pessoas gordas. E foi então que um outro presente na mesa, não me recordo bem quem, mencionou sobre o preconceito contra as pessoas gordas ser uma coisa física, enquanto a homofobia ser um preconceito mais ideológico.
Concordo, mas não é disso que eu vim falar (quem sabe até num futuro próximo, eu faça uma postagem sobre os tipos de preconceito).
Eu vim aqui reproduzir, não fielmente, mas mais detalhadamente, o que eu disse para eles, que foi o exato conselho no título desse post:
SINTA PENA.
Por que sentir pena? Porque essas pessoas, que sofrem de homofobia, que são más, que não gostam de pessoas gordas... Elas são VÍTIMAS. Repito, VÍTIMAS! Elas são vítimas de um sistema (parcialmente auto-gerado, mas só parcialmente) que prioriza por padrões (nem sempre de maioria, os negros são maioria no Brasil, mas o preconceito ainda é existente) sociais. Homem branco, forte, alto, rosto bonito, olhos claros, cabelo "bom". Mulher branca, alta, curvilínea, cabelo "bom". Essas pessoas foram tão manipuladas pelos seus arredores, que passam a repudiar aqueles que não seguem o padrão que elas próprias apreciam. Ora, fosse criado numa suciedade 90% gay, por uma família gay, o homofóbico seria gay, ou pelo menos, NO MÍNIMO, simpatizante. Talvez até tivesse preconceito contra hétero! Mas ele é uma vítima, de uma manipulação que ele não vê acontecer, vítima de conceitos implantados na cabeça dele. Ele é uma vítima, não tem culpa de ser assim, portanto, tenha pena dele! E, além de ter pena, tenha consciência, repita para consigo mesmo: EU ESTOU NUM NÍVEL ACIMA DESSA PESSOA.
Cada boa ação - dentro dos nossos conceitos - que realizamos, somos menos dignos de pena para nós mesmos! Se você não é da forma como você gostaria de ser, mude! Mas não para agradar os outros, mude para agradar a si.
Outra questão que eu gostaria de abordar aqui, já que usei o exemplo da homofobia, é a de interpretação de personagens. O tolo é tolo em qualquer lugar, o sábio, finge ser tolo no meio dos tolos. Muitas vezes somos forçados a dizer o que as pessoas querem ouvir, pra continuar vivendo. Ser sincero 100% do tempo é impossível e tem que ser muito, mas muito hipócrita para discordar disso. Foi o que eu falei, também no encontro xenite:
"Se eu virasse gay, hoje, hoje mesmo. Eu não ia falar isso pra amigos preconceituosos, nem para meus parentes. Porque eles são vítimas, não poderia eu culpá-los por não entender minha orientação/opção, visto que eu também não entendo o preconceito que eles têm."
É lamentável e é uma dura verdade, mas às vezes, o melhor para ambas as partes é apenas dizer aquilo que as pessoas querem ouvir, PELO MENOS NESSE CASO.
*Nada contra gordas, vocês sabem que eu atoron rs.
Beijos em suas bundas, seja de qual cor elas forem, desde que não sejam ISLAMIC ASSES \m/
Até a próxima.