quinta-feira, 11 de outubro de 2012

De volta?

Faz um tempão que eu não posto aqui. Pra falar a verdade eu achei que não ia postar nunca mais. Mas como em todos os aspectos da vida, as decisões que tomamos sobre blogs que ninguém lê também tendem a ser modificadas com o passar do tempo. Eu ia ficar só no vlog, mas sinceramente, ali é uma forma de expressão diferente da que eu tenho aqui e por isso acho melhor ficar por aqui também... Fora isso minha câmera quebrou.

E não pra "reabrir com chave de ouro" mas simplesmente porque eu assim desejo, eu vou escrever as reflexões que me ocorriam no momento em que decidi escrever isso. O negócio é que eu saí do Facebook. Eu poderia dar uma série de razões para o porquê de eu ter saído, mas a maioria delas eu já escrevi na postagem que, por coincidência, vai ficar bem embaixo dessas (apesar do intervalo de tempo enorme entre elas). Mas enfim, eu saí. E agora eu estou aqui de madrugada e não tem ninguém. Eu estou acordado, no computador, à toa, sem querer dormir. E por quê eu não quero dormir? Talvez, acho, porque eu não quero que chegue amanhã, ou que acabe hoje e eu não tenha feito nada, não tenha me divertido ou "aproveitado" o tempo o bastante. Então eu fico aqui e essas reflexões me atingem no momento em que a realidade bate à porta e eu noto o quanto as coisas parecem diferentes de dois, talvez três anos atrás. Porque naquela época, em qualquer época do ano, sempre havia alguém no MSN pra conversar de madrugada, a noite toda. Sim, pode parecer idiota (e é), mas isso fazia a diferença, porque hoje eu abro essa janelinha e não vejo mais aquelas pessoas; e não há pessoas novas para substituí-las, há no máximo pessoas cujo contato não tenho a tanto tempo que as novidades deixam de ser novidades para perder o seu ponto discutível, ou simplesmente pessoas com quem uma conversa não fluiria porque não se tem muito o que falar. E essas são pessoas que eu gosto, imagine aquelas que eu não gosto...

Parece que antigamente, mesmo que digital, desejava-se mais um contato profundo, ter uma conversa, uma relação. Hoje, mesmo que as pessoas não percebam, parece que não há mais isso. Parece que só interessa-se por fatias de tempo tão irrisórias que não são mais lembradas no momento em que se tornam passado. Ou algo assim. Eu estou escrevendo enquanto reflito, então pode ser que as coisas que passam por minha cabeça só façam sentido nela. Não vou revisar isso aqui. Eu apenas sinto falta de ter um contato tão profundo e duradouro, que hoje se perdeu em meio à maré de drogas ideológicas digitais e momentâneas. De vez em quando encontramos aquelas pessoas e aí esse contato acontece, mas com que frequência?! Por que não é mais todos os dias, porque não dá mais pra falar sério com ninguém, ter uma conversa de verdade...

Eu sinto como se o tempo agora passasse mais rápido porque agora é apenas uma ilusão de satisfações que não satisfazem de verdade. Eu não treino artes marciais ou faço sexo porque é divertido, ou pra passar o tempo. Eu os faço porque eu careço de um contato verdadeiramente profundo, humano e duradouro, que hoje se tornou apenas um clichê para admirarmos em algumas dessas diversões momentâneas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário