sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Incerteza


Como é cruel
a incerteza.
Incerteza de um futuro
incerto.
Incerteza de se achar
esperto.

Vida que flui,
sozinha.
Companhia nula nessa
incerteza minha.
Intelecto, artístico e proativo:
Sublimações.

Destino não é montável
como "Lego".
Vem de presença furtiva
e em curso cego.
Onde? Quando? Por quê?!
Fazer o quê?!

E da morte, como em filme,
não se escapa.
E divindades também fazem
Silêncio.
Danse Macabre que leva todos
às trevas, incertas.

Olhares, situações e credos árduos.
Desejos escondidos, que
não possuem firmeza, ou
realização duradoura.

E tornam-se assim, fardos!
Mesmo quando irrestritos - vê?!
Incerto eu, que líquido sou...
Moderno fui, outrora.

Como é cruel
a incerteza,
que torna-se dádiva
e maldição,
que gera a fé, o amor,
a ação e a reação;
que é presente na vida,
mãe biológica da sorte e, ainda,
mais presente - sempre!
na morte.

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