terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Filosofando a níveis viajados


Ia dar um nome mais convicto e sério para essa postagem, mas acredito que ela vai a níveis tão drogados e que sua filosofia é tão "de boteco", que não seria adequado. A verdade é que eu sequer sei direito sobre o que vou falar, mas vou digitar ouvindo o 1º concerto para piano em Mi menor de Chopin, então algo esdrúxulo não poderá sair, né? '-'

A questão que gostaria de abordar, é sobre a razão do Universo e apresentar alguns temas de discussão que filosofei. Não sou agnóstico, como disse tenho algum grau de crença em algumas coisas sobrenaturais e suas manifestações em plano físico. Também, por meio desta, quero falar um pouco sobre mim, pois não costumo fazê-lo muito por aqui.

Eu sempre quis morrer, desde criança. Não por mórbida depressão (salvo em algumas ocasiões), mas por um insaciável desejo de encontrar-me, face a face, com o sobrenatural; por uma vontade latente de saber qual das religiões estaria certa, seja qual fosse. Onde eu morava, havia uma mureta que ficava grudada à parede de uma casa. A casa, por sua vez, ficava ao lado de uma escada e se extendia até o fim desta. A casa era plana e a escada, obviamente, íngreme. Sendo assim, a casa era sustentada por um grande pilar no pé da escada. Eu, criança, me divertia diariamente em andar por aquela mureta (especialmente depois de jogar Prince of Persia hehe). Uma queda dali seria fatal. E por incontáveis vezes, senti-me tentado a saltar dali para o infinito. Não o fiz. Juro que não por falta de coragem, mas sim por medo de abandonar minha mamãe querida. Por medo das lágrimas que haveriam de rolar por sua face, caso eu o fizesse.

Essa vontade de cometer suicídio em nome do conhecimento daquilo que está normalmente fora dos limites científicos, perdura até hoje, mas não cogito a hipótese, pois sei que meu dia chegará. Tomara que demore, mas enfim, vamos ao que interessa.

Muitas pessoas acreditam que "agnóstico", significa estar em cima do muro, não acreditar nem deixar de acreditar, um meio termo entre o teísmo e o ateísmo. Eu mesmo utilizei o termo dessa forma durante muito tempo, mas ESTÁ ERRADO. Agnosticismo varia em vários graus, mas o principal fundamento dessa corrente de pensamento, é a crença de que, se o sobrenatural existe, está totalmente fora dos limites da razão. É eu acreditar que até eu ter meu encontro fatídico com o sobrenatural, eu não vou conhecê-lo por meio de religiões ou fenômenos.

Foi pensando sobre o agnosticismo (novamente lembrando que não sou agnóstico) que [pausa para tocar air violin] levantei a seguinte hipótese: E se o nosso raciocínio não for suficiente. Devo confessar que o meu pensamente assemelha-se um tanto ao do espiritismo Kardecista, mas há latentes diferenças, que não mencionarei. A idéia da hipótese é que, o ser humano ainda é um ser inutilmente racional. Que o raciocínio e o "poder" da mente humana ainda são fracos demais para conseguir uma compreensão do Universo. Baseando-se na teoria da evolução, basta observarmos a idade do Universo comparada à idade da raça humana e notar-se-há como ainda é jovem nossa espécie, em relação ao meio em que habita. [air piano agora] Sendo assim, o que nos garante que a evolução impulsionou nosso raciocínio ao limite? Nada! Se o raciocínio humano, isto é, a presença de pensamento e individualidade através da linguagem, surgiu a partir da evolução, é óbvio que este ainda não chegou ao seu limite, pois o homo-sapiens ainda é jovem a uma escala universal, mesmo a uma escala terrestre. Portanto, a questão com a qual comecei essa postagem em mente, foi a de que talvez nosso raciocínio, a tão mencionada razão humana, não seja suficiente para a compreensão do Universo.

Claro que é um pensamento clichê e batido, mas vale lembrar que se tem uma coisa que acredito, é na existência de vida inteligente fora do planeta Terra. E se essa vida inteligente está lá, talvez ela possua uma compreensão das coisas acima da que a nossa jamais possa chegar. Mesmo o conceito de vida, é tão vago que é impossível definir com total certeza o que é vida. Talvez a vida que exista lá fora seja tão diferente da nossa, que sequer a notamos quando a encontramos.
Isso tudo me leva a outra questão que pensei: E se o Universo for "Deus"? Espero que você, que está lendo, esteja familiarizado com o pensamento de Santo Agostinho sobre a causa-primordial. Se não estiver, useaporradogoogle.com.br porque não tô afim de resumir não.

O que pensei foi: "E se o Universo for a própria causa primordial?" Se o Universo se auto-cria e, dele, surge um pensamento racional primordial (lembrando que Deus, se existir, NÃO é perfeito, ao meu ver das coisas), então ele pode sim ser chamado de "Deus", não? Claro que não podemos compreender como o Universo poderia se auto-criar, ou o que haveria de existir anterior a ele (nada, visto ele ser a própria causa), mas não deixa de ser uma hipótese, um debate interessante a ser tomado, não?

Gostaria de lembrar a todos que lêem meu blog, que o meu objetivo aqui não é ditar idéias, mas sim provocar a reflexão. Não quero que tomem como verdade absoluta tudo que escrevo aqui, porque nem eu o faço. Quero, sim, que o que eu pensar (e escrever aqui), leve você, que lê a pensar. Propor debates e jornadas mentais que você que lê possa ter em grupo ou consigo mesmo. Meu objetivo é levantar questões e nunca resolvê-las. Claro que há o objetivo secundário, que é desabafar algumas coisas que eu penso, mas enfim, é isso.

Espero que tenham curtido, fiquem com o 1º movimento dessa maravilha tesuda e passem bem! =D

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